VERENVUOTO is a reflection/warning album, today in the music scene we still have great questions about the becoming, about the extremes and the balances that we are trying to reach, about the participation of the process, about the innovation and attention. Is there really any spirit, soul or essence in a music that is basically produced by machines? How can we balance what sounds good to my ears and what people want to hear, what they are conditioned to like? How to bring something new to the electronic music scene if practically everything now comes down to simple chords and well-chewed samples? How much about music does a DJ need to know to become a differential in the market, does anyone else care about it? Today, what is important is quantity or quality? Did we even listen to a song from the beginning to the end?
The postmodern era is characterized by the deep and generalized depression, programmed obsolescence, the cult of garbage, the uselessness, superficiality, lack of attention and especially by making everything very ephemeral, everything breaks down faster and faster, especially feelings and relationships. Electronic music today needs to be summed up into a loop, we are increasingly distancing ourselves from classical music, and this is not a criticism, it is an exaltation, the glitch/vaporwave era is the apex of postmodernism, the cult of a false neoclassicism, based on a false classicism; elitist, white, homogenized, devoid of its own essence and reflection, empty.
Today electronic music is a symptom of human imbecility that is increasingly deepening, we are limiting ourselves too much, and becoming a DJ as well, few are those who are careful about mixing and mastering the sound they're playing. The DJ becomes a vampire, deprived of its own essence, appropriating a production of others, caring little for the quality of sound, but only with the size of the repertoire and the limitation to a genre or two of music, today doesn't mean a lot becoming a DJ, and the question is not the search for an identity, getting the underground status, but the feeling and the involvement to the process that is practically null.
"Playing a wrong note is insignificant. Playing without passion is unforgivable" (Ludwig van Beethoven), at the beginning of the electronic music era the purpose and feeling were different, in the "underground" scenario the whole issue of equality, respect, of not being an elitist space, are increasingly distant. We have come to the point of having prejudice with mixed musical genres (like Tech House) if explicit racism in these false white and sectarian undergrounds is not enough, and whether or not to be anti-capitalist is not the point. People do not care about the songs themselves, they just worry about being in that place, using their drugs and taking their pictures. Being self-centered is also not the issue, the problem is the lack of perception, some real discernment and the lack of a purpose other than at least on the part of producers only unbridled profit.
More and more we become less reflective, so what difference does it make to try to do something new? VERENVUOTO is the warning that we are becoming more and more vampires, distancing ourselves from magic, healing, shamanism, true ecstasy, DEEP RITUALS, we are drug-clogging and we are no longer listening to our body, we are all dying in unnatural ways, And how sad it is to know that more than ever nothing is perpetuated, nothing remains, our memories no longer exist. We must and can kill the vampire and the demon inside us, the magic ends only when we no longer believe in it, we just need to believe.
Today I am dealing well with my manias and mental disturbances, I realize now that madness is not what we see that is not there in fact, but the obvious things that pass in front of us unnoticed. We are getting more crazy and sick, we do not pay attention to the clearest and most obvious things, we are not able to predict anything around us, and how predictable the human being is.
And just to finish the story, drugs don't make you a superhero, hedonism does not get you anywhere, If you are a jerk the only thing you will learn is how stupid you are, how deep is your ignorance, if you are already a talented, creative and discerned person, drugs at most will inflate your ego, even psychedelics. Shamanism only works because of rituals, drugs are not the most important part, you and your will to change the world, your energy, your heart is what matters and what changes everything, so do not try to pretend that you are a shaman in the middle of the rave, you're just an imbecile playboy.
Today I can finally say that:
"My alter ego is dead, now I can no longer be anyone but myself."
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VERENVUOTO é um album reflexão/aviso, hoje no cenário musical ainda temos grandes questionamentos sobre o devir, sobre os extremos e os equilíbrios que estamos tentando alcançar, sobre a participação do processo, sobre a inovação e atenção. Existe de fato uma alma, espírito ou essência em uma musica que é produzida basicamente por máquinas? Como equilibrar aquilo que soa bem aos meus ouvidos e aquilo que as pessoas querem escutar, que estão condicionadas a gostar? Como trazer algo de novo para o cenário musical eletrônico se hoje praticamente tudo se resume a acordes simples e samples bem mastigados? O quanto sobre musica um DJ precisa saber para se tornar um diferencial no mercado, ou será que ninguém mais se preocupa com isso? Hoje o importante é quantidade ou qualidade? Será que escutamos uma musica sequer do começo até o fim?
A era pós moderna se caracteriza pelas depressão profunda e generalizada, pela obsolescência programada, pelo culto ao lixo, pela inutilidade, pela superficialidade, a falta de atenção e principalmente por cada vez mais tornar tudo muito efêmero, tudo se desmancha cada vez mais rápido, principalmente os relacionamentos. A musica eletrônica hoje precisa se resumir a um loop, estamos cada vez mais nos distanciando das musicas consideradas clássicas, e isso tudo não é uma crítica, é uma enaltação, a era vaporwave é o cúmulo do pós modernismo, o culto de um falso neoclassicismo, baseado em um falso classicismo; elitista, branco, homogenizado, desprovido de essência própria e reflexão, vazio.
Hoje a musica eletrônica é um sintoma da imbecilidade humana que está cada vez mais se aprofundando, se limitando, e tornar-se um DJ também, poucos são aqueles que num set tiveram o cuidado de mixar e masterizar minimamente o som que estão tocando. O DJ se torna um vampiro, desprovido de essência própria, se apropriando de uma produção alheia, pouco se importando com a qualidade do som, mas sim com o tamanho do repertório e da limitação a um gênero ou dois de música, hoje ser DJ não significa muita coisa, e a questão não é a busca de uma identidade, do status underground, mas sim do sentimento e do envolvimento ao processo que são praticamente nulos.
"Tocar uma nota errada é insignificante. Tocar sem paixão é imperdoável" (Ludwig van Beethoven), no começo da era musical eletrônica o propósito e o sentimento eram diferentes, no cenário "underground" toda a questão da igualdade, do respeito, de não ser um meio elitista, estão cada vez mais distantes. Chegamos a um ponto de termos preconceito com gêneros musicais mesclados (tipo Tech House) se já não bastasse o racismo explícito nesses falsos "undergrounds" brancos e sectários, e ser ou não ser anticapitalista nem a questão. As pessoas não se preocupam mais com as musicas em sí, apenas se preocupam em estar naquele lugar podendo usar suas drogas e tirar suas fotos. Ser egocêntrico também não é a questão, o problema é a falta de percepção, de um real discernimento e a falta de um propósito que não seja pelo menos por parte dos produtores apenas o lucro desenfreado.
Cada vez mais nos tornamos pouco reflexivos, então que diferença faz tentar fazer algo novo? VERENVUOTO é o aviso de que estamos cada vez mais nos tornando vampiros, nos distanciando da magia, da cura, do xamanismo, do verdadeiro êxtase, RITUAIS PROFUNDOS, estamos nos entupindo de drogas e não estamos mais escutando nosso corpo, estamos todos morrendo de formas nada naturais, e que triste é saber que mais do que nunca nada se perpetua, nada permanece, nossas lembranças não existem mais. Devemos e podemos matar o vampiro e o demônio que há dentro de nós, a magia acaba apenas no momento que não acreditamos mais nela, só precisamos acreditar.
Hoje eu estou lidando bem com minhas manias e perturbações mentais, percebo agora que a loucura não é aquilo que nós vemos que não está ali de fato, mas as coisas óbvias que passam na nossa frente despercebidas. Estamos cada vez mais loucos e doentes, não prestamos atenção as coisas mais claras e óbvias, não estamos conseguindo prever nada ao nosso redor, e o quão previsível é o ser humano.
E para finalizar a história, drogas não te fazem virar um super herói, hedonismo não leva a lugar algum, se você é um imbecil a única coisa que você vai aprender é o quão imbecil você é, qual a profundidade da sua ignorância, se você já é talentoso, criativo e discernido, as drogas no máximo vão inflar seu ego, mesmo os psicodélicos. o Xamanismo apenas funciona por causa dos rituais, as drogas não são a parte mais importante, você e sua vontade de mudar o mundo, sua energia, seu coração é o que importa e o que muda tudo, então não tente fingir que você é um xamã no meio da rave, você é só um playboy imbecil.
Hoje posso dizer que finalmente:
"Meu alter ego está morto, agora não posso mais ser ninguém além do que eu mesmo."